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Image by Rodion Kutsaev

Missão, Visão e Valores

Aprender a Viver é aprender a Morrer.
Aprender a Morrer é aprender a Viver.
É importante relembrarmos quem somos.
 
- Ana Catarina -
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Missão

Missão

As doulas do fim da vida propõem-se: 
 

Fazer acompanhamento de pessoas com doença crónica, avançada e progressiva e suas famílias, seja no domicílio, nos hospitais ou outras instituições, antes, durante e após a sua passagem; 
 

Contribuir para que a doença, o sofrimento, o envelhecimento, a vulnerabilidade, a morte, e  todos os processos de transformação, sejam encarados como parte do processo natural que é a vida;
 

Fazer acompanhamento de pessoas que queiram viver uma vida mais plena, que quiserem falar, aprofundar e conectar-se com os seus ciclos da vida, lutos, processos de transição, rituais de passagem e viver uma vida mais consciente.

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Visão

Visão

A morte é entendida como um evento normal da vida, não apenas um final abrupto.
 

A morte faz parte dos ciclos da vida. 
 

É importante aprender a reconhecer todos os imensos momentos de mortes na nossa vida como oportunidades de transformação e ligação à impermanência da vida.
 

Qualquer pessoa pode ser uma Doula do fim da vida, homem ou mulher, maior de idade, mesmo sem experiência anterior, desde que sinta esse chamamento. Cada pessoa pode contribuir com a sua experiência de vida, conhecimentos, sensibilidade e visão única do Mundo. Por essa razão a melhor ferramenta da Doula do fim da vida é ela mesma. 
 

A Vida é um caminho de auto-descoberta, onde o conhecimento de nós próprios, e do que os outros nos trazem sobre nós, é fundamental. A escuta ativa e silenciosa de nós próprios, saber estar em nossa presença, é basilar para podermos Estar e Ser com o Outro.

 

A formação de doulas do fim da vida implica um caminho de desenvolvimento pessoal, de trabalho interior sobre os medos, vulnerabilidades, reconhecimento das emoções e trabalho em presença, escuta e consciência plena com quem somos. Para acompanhar o outro precisamos primeiro aprender a estar connosco. Somos nós que nos levamos ao outro.
 

É fundamental saber criar um espaço sagrado, de amor e presença, nos momentos mais especiais da nossa vida, desde o nascimento até ao final da nossa vida.
 

Ser doula é ser guardiã do espaço sagrado.

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Valores

Valores

Dignidade
 

O Ser humano é mais do que um corpo físico. Reconhecê-lo com todas as suas dimensões (espirituais, sociais, emocionais, familiares, etc) é fundamental para a missão das doulas do fim da vida.
 

A pessoa que está a morrer, o centro dos cuidados, e sua família são vistas como uma unidade. Cada ser é único e os cuidados devem ser adaptados em conformidade.

 

Respeito pela Vida
 

A Doula é defensora da Vida e da qualidade de vida.
 

A Doula deve perceber muito bem a diferença entre morte assistida e eutanásia. “Eutanásia é o ato intencional de proporcionar a alguém uma morte indolor para aliviar o sofrimento causado por uma doença incurável ou dolorosa, mediante pedido expresso da pessoa doente.” Todos devem ser assistidos na sua morte. Ninguém deve morrer sozinho. 
 

Também deve compreender muito bem o significado de distanásia, e suicídio assistido. 
 

A doula compreende a morte como um processo sagrado (não significa religioso) que deve ser acompanhado com respeito e não apressado ou adiado. Qualquer ação, da Doula, que não respeite esta premissa não é aceite pela Comunidade de Doulas.

A doula não pratica eutanásia.

A doula respeita o processo e decisões de vida de cada ser, sem impor a sua visão, mas procura trazer à consciência uma nova forma de viver a Vida e, logo, a Morte, como mais um processo de transição e transformação, que deve ser apoiado, respeitado e não apressado. Acreditamos que para uma verdadeira liberdade de decisão individual, sobre este assunto, deveremos investir mais nos Cuidados Paliativos, para que toda a população possa ter acesso aos mesmos, e não apenas uma pequena percentagem. Acreditamos que devemos construir um sistema educativo e de saúde que invista na qualidade de vida da sua população, bem como no apoio aos mais frágeis, para que todos tenham acesso ao direito humano básico do alívio do seu sofrimento (físico, espiritual, emocional, etc.) e nunca ter que se sentir sozinho ao longo da sua vida, e principalmente, nos momentos de grande vulnerabilidade. 

Mais uma vez: A Doula ajuda a Viver. O processo de morte faz parte da vida.

Se a doula já estiver a acompanhar alguém, há algum tempo, que solicite a eutanásia, poderá continuar a fazer o mesmo, se for confortável para ambas as partes, e deverá reportar a situação à comunidade.

 

Trabalho em rede
 

O trabalho em rede é essencial para que todos os aspetos do ser humano sejam tidos em consideração (outras doulas, profissionais de saúde, voluntários, técnicos, assistentes, familiares e amigos, etc.)
 

A doula não é um profissional de saúde mas pode e deve trabalhar em conjunto com estes.
 


A doula não presta cuidados paliativos (CP). Pode trabalhar com uma equipa de CP.

 

A Doula deve respeitar os seus colegas, o seu trabalho e individualidade. Deve respeitar os profissionais de saúde com quem trabalha. É, também, com eles que podemos exercer com excelência o nosso trabalho. Em situações em que sintamos algum conflito interior, e alguma dificuldade em exercer o nosso trabalho, comprometemo-nos a não somar mais conflitos onde eles já existem. A utilizar, apenas, todas as técnicas aprendidas no curso (respiração, compaixão por nós e por tudo o que nos rodeia) para que consigamos estar apenas em presença e observação. Comprometemo-nos a pedir ajuda, se assim o sentirmos, à comunidade, para que consigamos criar uma rede de compaixão e amor que nos ajude a ver com clareza o que precisamos fazer.

 

Formação
 

As doulas que fazem parte desta Comunidade têm que obrigatoriamente ter feito o curso Doula de Fim de Vida e ter tido o aval dos formadores para exercerem.
 

A formação de Doula tem uma parte técnica mas é essencialmente um caminho pessoal. Para além da formação inicial deverão continuar um trabalho de desenvolvimento pessoal que lhes permita estar em compaixão consigo e com o outro.

 

Não-julgamento
 

O trabalho da Doula deverá pautar-se pela excelência, integridade, respeito e aceitação das diferenças de cada pessoa e familiar que acompanhar. Ninguém será beneficiado ou privado de qualquer direito em razão de sexo ou orientação sexual, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica ou social. 
 

As doulas fornecem informação e apoio não julgador, confidencial e respeitoso, adaptado às necessidades e valores de cada família.
 

A doula empodera e respeita as decisões de quem acompanha, em todas as fases da sua vida.

 

Privacidade e Confidencialidade
 

Garantir a total privacidade e confidencialidade dos dados pessoais, historial ou outros detalhes de quem acompanha. Nenhuma Doula deverá dar informações sem a devida autorização da pessoa. Para poder participar em algum estudo cientifico da Comunidade, ou da Doula, deverá ser assinado o respetivo consentimento informado.

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