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Image by Mélanie Martin

Algarve

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Francisca Aurélio

Telemóvel: 918275295

Email: doula.te.algarve@gmail.com

Falar de morte incomoda, estar a morrer ainda mais. Estar junto de um moribundo impensável. E assim vai o século XXI.

Mas quando bates de frente com ela, “a morte”, dos teus ou a proximidade da tua, pára o tempo, esse tempo ordinário, num lugar qualquer, com um ontem igual ao hoje e ao amanhã. Cheio de afazeres e vazio de conteúdo.

Rasgado de dor, buscas um sentido. Consegue ver a beleza da folha que cai, seca, ao chão, e renasce? Consegues sentir e confiar na tua intuição? Consegues estar e ficar?

O tempo passou a ser extraordinário. O lugar cheio de significado. Não interessa onde, nem quando. Honras esse corpo que se dilui e largas as vestes, muitas vezes pesadas. Podes fazê-lo já!... E vestir-te desse calor que vem de dentro, que te inflama a alma e alivia o andar. Só esse calor pode derreter os frios que há em ti.

Falar da morte e tratar da morte é dar significado a vida, tratá-la como templo sagrado. Doular é ajudar-te a transmutar o que te arrefece, quer sejam o medo, a dor, os apegos e os remorsos… e pode ser apenas uma oração, sem religião qualquer, um colo ou uma mão.

Podes encontrar-me em Portimão, tenho um novo espaço chamado “Doula-te”, onde eu própria me aqueço todos os dias daquilo que me traz prazer de viver! Muito em breve vamos fazer círculos para falar da Morte sem tabus. És muito bem vindo e claro, doula-te!

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Rita Lança

Acompanhamento online e presencial

Telemóvel: (+351) 965867873

Email: ar.candeias.l@gmail.com

Site: https://www.demyurga.com/

Cresci Doula e Reconheci-me Doula

 

A doula que me povoa foi moldada pela terra e cultura onde plantei raiz profunda- o Alentejo que canta. Na vivência comunitária, intimamente telúrica, fui aprendendo a olhar a vida e a morte como fenómenos integrantes das ciclicidades que partilhamos com a Natureza. A curiosidade que, em criança, me fez aproximar da realidade da morte abriu espaço para o envolvimento nos rituais. Por entre as cortinas das noites a velar mortos eu via desenhar-se a silhueta hábil das mulheres que continuam a tecer a vida, tocava o mistério que a morte revela quando nos abrimos a acolhê-la. Percorria o tempo, escancarado, com horizonte. Este fascínio vivido levou-me a buscar diferentes narrativas, raízes culturais que enformam manifestações da mesma transcendência. No contacto com distintos contextos culturais, fui compondo a palete de recursos, de olhares e práticas que fundem, integram e celebram a morte como parte da vida. Ao longo dos anos fui tendo a graça de acompanhar pessoas na densidade da intimidade- nos contextos pessoais e profissionais, como assistente social, e essas vivências foram o escopo para a doula se manifestar.

 

Doular é Ser Canal de Ressonância

 

Ser doula é para mim uma atitude na vida, que alimento com práticas concretas. A conexão espiritual com a minha natureza fundamental, um cuidar enraizado numa visão profunda da nossa bondade. Para além do sofrimento que possamos experimentar, permeia-me a interpelação a permanecer, em compaixão no indizível, a ver os recursos que transportamos, a ir além do sofrimento, transformando-o em algo que faça sentido. Doular é cuidar o espaço e o tempo para que a pessoa sinta confiança para expressar o que precisa ser expressado. É desvelar através da forma como estou presente para o outro, o potencial de ser canal de ressonância, da própria sabedoria inata que cada um manifesta. É caminhar ao lado. É aceitar os processos que cada um vive, como oportunidades de desenvolvimento, com a consciência de que as diversas mortes que perpassam a nossa vida transportam pistas para vivermos melhor, mais presentes connosco e com o que nos rodeia. É viver em verdade, ressignificando cada fase da vida como uma nova estacão. É acreditar que temos o direito de morrer vivos, com dignidade e amor.

 

Diferentes Paisagens, um Horizonte Comum

 

A base do meu doular é a escuta contemplativa e compassiva, que parte do reconhecimento da nossa semelhança como seres, que buscamos livrar-nos do sofrimento e ser felizes. Alicerço-me numa perspetiva holística de Cuidado Contemplativo, assente em diferentes linguagens- a Ecologia Profunda, a Aromaterapia, a Arte, a Alimentação. Para além do acompanhamento da pessoa, proponho alargá-lo à família/rede como uma unidade de cuidados, porque somos em relação, agora e na hora da nossa morte.

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